Nos Grupos Espíritas, em muitos casos, se poderia realizar muito mais caridade do que se tem realizado, se os médiuns e tarefeiros dos diversos setores da Casa estivessem melhor integrados e irmanados em torno do trabalho a ser feito. É preciso ter uma visão do todo, enxergar as dificuldades e limitações que nos impedem de realizar mais e melhor o nosso trabalho, a fim de buscarmos colaborar com cada setor ou voluntário que esteja necessitando de apoio. Não se pode fechar os olhos e tapar os ouvidos para as necessidades e deficiências existentes, seja onde ou de quem for, pois, mais cedo ou mais tarde sentiremos as consequências da nossa indiferença e negligência. O interesse comum deve nortear todas as ações e iniciativas na Casa Espírita, em detrimento de nossos interesses, caprichos e melindres pessoais.
Não se deve nutrir maledicências e antipatias, pois isto contribuirá para que os inimigos do Espiritismo, tanto os encarnados como os desencarnados, encontrem ensejo para lançarem sutilmente seus ataques contra o Grupo Espírita. Escolherão um ou mais membros com maior fragilidade moral ou de saúde, por exemplo, para aos poucos serem afastados dos demais companheiros de trabalho. Sorrateiramente e cada vez mais a discórdia será instalada e ampliada, principalmente entre os que estão nos postos de direção e coordenação do Grupo, os quais, na maioria das vezes não percebe que isto é um efeito cuja causa é o seu próprio estado mental e comportamento.
Desejar que as pessoas que têm pensamentos e procedimentos menos felizes se afastem definitivamente do Centro Espírita não é a melhor atitude, pois, enquanto estivermos num planeta de expiações e provas, estaremos sujeitos a conviver com pessoas com este padrão vibratório. A solução mais adequada, portanto, é a integração entre os trabalhadores, para que se possa identificar as características pessoais de cada um, o potencial que cada um possui no trabalho do bem, sua disposição e disponibilidade para, continuamente, participar dos labores do Grupo.
A nossa luta diária é contra nossas próprias imperfeições, nosso trabalho maior e mais importante é no sentido de vencermos a nós mesmos, para que possamos ser dignos do trabalho que abraçamos. Para sermos verdadeiros servos do Senhor Jesus Cristo, é fundamental que façamos nossa reforma íntima, que busquemos a nossa integração na Casa Espírita, através da dedicação e empenho em cada tarefa e com cada parceiro de trabalho. Sigamos firmes, pois, “JESUS CRISTO AINDA SE ENCONTRA DE BRAÇOS ABERTOS, COMO HÁ MAIS DE DOIS MIL ANOS A DIZER: VINDE, FILHOS BENDITOS DE MEU PAI”.
Assim, robustecidos moralmente na fé e no amor, que através da prece e do trabalho incessantes nascerão e crescerão no seio da equipe, o Centro Espírita efetuará a caridade em nome de Jesus Cristo, sempre com maior e melhor qualidade, pois, os mentores espirituais ligados a estas tarefas encontrarão um campo de trabalho devidamente fertilizado, estando propício aos objetivos do Plano Espiritual.
A Equipe Espiritual do Centro Espírita é composta por dezenas, ou mesmo centenas e até milhares de trabalhadores espirituais. Entre eles estão os Caboclos, Arquitetos, Indígenas, Juízes, Pretos Velhos, Donas de Casa, Pescadores, Orientais, Mecânicos, Médicos, Carpinteiros, Pracinhas, Enfermeiros, Advogados, Motoristas, Professores, Garis, Maqueiros, Engenheiros, Marceneiros, Soldadores, Militares, enfim, espíritos das mais diversas atividades humanas. Além deles, estão os mentores espirituais de cada trabalhador reencarnado, amparando e conduzindo os tarefeiros nas tarefas a serem executadas. Juntamente com as Equipes Espirituais de outros Templos Religiosos, Hospitais, Creches, Asilos para Idosos etc, formam na superfície da terra uma parte da Equipe de Jesus Cristo.
Texto apresentado no 1° Encontro Aprendizes de Jesus.
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