Para o Espiritismo, é de
fundamental importância o trabalho mediúnico. Na Caravana do Amor, o número de
jovens médiuns cresce cada vez mais, o que é ótimo para o trabalho. A nossa
Casa tem o lema da renovação, e hoje o nosso grupo conta com cerca de 15 no
trabalho. A Irmã Amalya prepara os médiuns desde muito novos, sendo essa uma
preparação muito trabalhosa e demorada que muitas vezes ocorre durante o sono.
Para ser um jovem médium, é preciso ser muito vigilante e responsável, pois de
nada adianta só o árduo trabalho da espiritualidade se o adolescente não levar
a sério essa imensa tarefa que é ser um médium atuante numa Casa Espírita.
A mediunidade é um bem que, se
não for usado da melhor forma, pode ser retirado. É um mecanismo grandioso para
fazer caridade, devendo ser usado somente com esse propósito. De nada adianta
um jovem que como médium é empenhado se
ele vai ao mundo pertencendo ao mundo, por exemplo. Dessa forma, ser médium não
é só ter uma boa postura dentro da Casa Espírita, mas sim em sua vida por
completo. Para ser um bom médium você tem que, acima de tudo, ser diferente da
maioria, ou seja: tem que exemplificar o bem.
Quando se está na juventude com
um papel mediúnico, diversos obstáculos podem ser colocados pelas trevas, tais
como: influência de amigos para fazer coisas que não são inerentes à doutrina,
perturbação no lar, desinteresse pela Casa Espírita, etc. Porém, a vigilância
tem que ser constante, não podemos deixar que esses obstáculos nos tirem do
caminho correto.
Não temos conhecimento de muitos jovens vultos espíritas. No entanto,
os que nós temos notícias são bem marcantes, como as irmãs Fox que foram
algumas das maiores médiuns da fase inicial do Espiritismo: Margaret tinha 14 anos e Kate 11. Elas se
comunicavam com os Espíritos por batidas ou ruídos e deram a condição de que
ocorresse um dos principais e memoráveis fenômenos espirituais. Também é
importante destacar a participação de 2 importantes jovens no trabalho da
codificação da doutrina, Julie (15 anos) e Caroline Baudin (18 anos), que
psicografaram quase todas as questões do Livro dos Espíritos em reuniões
familiares regidas por Allan Kardec. Um vulto jovem cristão igualmente
importante foi João Evangelista, que tinha 13 anos quando começou a seguir
Jesus em sua árdua jornada. Acompanhante fiel que era, ficou ao lado do mestre
até a hora de sua crucificação. Apesar da pouca idade, chegou a ser designado
pelo Cristo para que ficasse junto de sua mãe Maria após seu desencarne.
Como ressalta uma mensagem da FEB
- Federação Espírita Brasileira “a contribuição na seara espírita possibilita
ao jovem o conhecimento mais aprofundado da doutrina e a vivência mais próxima
dentro do movimento, permitindo unir cabeças, corações e mãos em prol da
promoção do bem e da contribuição da paz. A criação e o fortalecimento dos
laços entre o jovem e a Casa Espírita trazem benefícios para todos, (...)
integra os diversos segmentos etários, fortalecendo a troca de experiências e o
sentimento de união (...) e investe na continuidade, a médio e a longo prazos,
dos trabalhos a serem desenvolvidos.”
Dentro dessa perspectiva, podemos
refletir sobre qual é o papel do jovem dentro da nossa Casa, a Caravana do
Amor. Pois ele, quando verdadeiramente “desperta para as oportunidades do
trabalho voluntário, auxilia na realização de diferentes atividades e cria o
hábito do estudo, o que contribui para o autoconhecimento e para a ampliação da
capacidade de fazer escolhas.
Conforme nos aponta Emmanuel, 'A juventude pode
ser comparada à esperançosa saída de um barco para viagem importante. A
infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases
requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a
terminar a viagem com êxito desejável.” (Psicografia de Francisco Cândido
Xavier, Caminho, verdade e vida, FEB). Trabalhemos, pois, apontando caminhos e
caminhando juntos, para que a juventude encontre êxito nessa viagem
reencarnátoria.”
2. Idem