A história dessa visita começou em outubro do ano passado, quando no Encontro de Mocidades de Niterói a nossa Mocidade foi convidada pela Bianca Freitas, responsável pela Evangelização da Casa Maria de Magdala¹ , para cantar para as crianças que frequentam a instituição. Depois de algum tempo de contato, na manhã do dia 28 de julho deste ano, nós do Grupo Espírita Caravana do Amor Irmã Amálya, tivemos a oportunidade de concretizar o encontro.
Que experiência emocionante! Assim que iniciamos a prece, nos sentimos envolvidos por uma vibração de amor. Acompanhada de evangelizadores e médiuns da Caravana, a nossa equipe de Música chamada Tomé José dos Anjos, composta em sua maioria por jovens, liderou a rodinha de música que estamos habituados a fazer todo sábado antes da nossa aula de Evangelização. O contato com as crianças foi incrível, descontraídos nos olhamos nos olhos e compartilhamos uma alegria sem tamanho.
Após cantarmos meia hora, nos despedimos das crianças que seguiram para a aula nas suas turmas. A Bianca fez nos mostrou a instituição, apresentando os ambientes e nos explicando como funcionavam. Passamos pela lavanderia, farmácia, cozinha, sala de reunião pública e lar infantil. Neste último espaço, inaugurado há pouco tempo, conversamos bastante com a assistente social responsável e conhecemos um pouco do trabalho que tem por objetivo reintegrar os pequenos às suas famílias antes que sigam para adoção.
A estrutura física da Casa Maria de Magdala é bem grande, o que requer um número expressivo de trabalhadores se revezando em turnos. Cada setor possui um profissional de área responsável por orientar os voluntários. É importante destacar que, apesar da sua Diretoria ser formada exclusivamente por integrantes espíritas, a instituição está aberta à colaboração de pessoas de todas as religiões. O trabalho realizado, portanto, é um exemplo de que somando esforços para fazer a diferença através da caridade, independentemente das crenças individuais, é possível transformar o amor em ação.
Especial sentido é dado às diversas plantas que formam os jardins do pátio da Casa. Cada uma delas homenageia um enfermo ou abrigado pela Casa que já desencarnou. Dessa forma, quem passa é lembrado do propósito do trabalho. É uma maneira muito natural e sensível de chamar atenção das pessoas para a causa.
Por fim, cantamos cerca de vinte minutos para os pacientes adultos que haviam acabado de sair da reunião pública. Poder vê-los retribuindo ao ensaiar um sorriso ou batendo palma foi muito gratificante. Os tarefeiros que os acompanhavam nos disseram que eles não costumam interagir dessa forma. Mais uma vez a emoção tomou conta de nós!
Só temos a agradecer a oportunidade de termos vivenciado esse momento único. Presenciamos a dedicação de tarefeiros incansáveis, confraternizamos, dividimos o peso da dor, reforçamos e divulgamos a Doutrina Espírita através da música e engrandecemos nossos corações de felicidade. Esse dia maravilhoso nos fez refletir ainda mais a necessidade de nos entrelaçarmos e de nos reformarmos cotidianamente.
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¹ “A Casa Maria de Magdala, idealizada pelo Dr. Renê Pessa, foi fundada em 22 de julho de 1991, após uma ideia de ação integrada da educação e da assistência social aos portadores do vírus da AIDS. (...) Atualmente funciona como abrigo, preferencialmente, para pessoas portadoras do HIV/AIDS, adultos em fase crônica, avançada, terminal ou considerada fora de possibilidade terapêutica, e crianças em situação de vulnerabilidade social, portadoras ou não do HIV. Atende, também, em torno de 170 famílias cadastradas com um ou mais membros vivendo e convivendo com HIV/AIDS, além de 20 crianças portadoras de necessidades especiais no Atendimento Educacional especializado – AEE – Alan Kardec e em oficinas terapêuticas nos moldes de um Centro Dia.” (Texto disponível em: http://casamariademagdala.org//institucional/3/#valores)