25 de outubro de 2010

Cinema e Espiritismo

Muito se tem falado, atualmente, sobre cinema e Espiritismo. No entanto, muitos se equivocam quando apontam Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito (2008) como o pioneiro nessa união entre a sétima arte e a doutrina dos Espíritos. Não digo isso por conta dos inúmeros filmes espiritualistas produzidos, principalmente por Hollywood. Na verdade, a primeira incursão do Espiritismo nas telas do cinema ocorreu em 1979, com um filme inspirado numa psicografia de Chico Xavier, que conta com sua participação especial. O livro, intitulado Somos Seis, conta a história do desencarne doloroso de Volkimar e alguns colegas de trabalho no incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo.

Notícias sobre a atuação da espiritualidade durante a realização de filmes com o tema vida após a morte são sempre comuns. No caso de Joelma, 23° Andar não poderia ser diferente. Em um depoimento, presente no DVD do filme, o diretor relata um pedido feito pela espiritualidade – presente durante a sessão mediúnica em que seria filmada a participação de Chico Xavier, na Casa da Prece – para que mais da metade das luzes fossem apagadas, pois estariam dificultando o andamento da reunião. O fotógrafo se pôs terminantemente contra, pois sabia que tecnicamente seria impossível registrar alguma imagem na película diante de tão baixa luminosidade. Com o objetivo de não atrapalhar a reunião, as luzes foram apagadas e as filmagens prosseguiram sem a presença do fotógrafo, que ameaçava se desligar do filme. O que ele não esperava é que uma forte luz, inexistente no plano físico, iluminaria Chico e todos os que dele estavam próximos, tornando o impossível em uma realidade comprovada não só na sala de exibição do laboratório de copiagem, como em todos os cinemas nos quais o filme foi exibido.

Com certeza, muitas outras histórias envolvendo acontecimentos inexplicáveis aos olhos de ateus e materialistas ocorreram durante as filmagens de Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito, Chico Xavier – o Filme e Nosso Lar. Nenhum desses acontecimentos, porém, são incomuns ou maravilhosos para os que estudam e entendem a Doutrina dos Espíritos professada por Kardec.

Tudo isso é apenas o começo. Muitos outros filmes espíritas ainda serão feitos, pois a Verdade não pode se restringir a um pequeno grupo de pessoas e o cinema é uma das formas de comunicação com maior alcance em todo o globo terrestre.

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