No plano espiritual, antes de
iniciar uma nova encarnação, temos a possibilidade de realizar o nosso
planejamento encarnatório, desde que tenhamos condições para isso. Nisto
consiste o livre-arbítrio. Deus nos dá o poder de escolha e estando liberto da
matéria, a forma de pensar é outra, temos a percepção clara do verdadeiro
objetivo da reencarnação. Quando não temos condições de realizar o
planejamento, Espíritos esclarecidos suprem essa necessidade, mostrando-nos o
melhor caminho a ser seguido. E quando não queremos reencarnar, por não
compreender a sua necessidade, seja por inferioridade ou má vontade, temos uma
encarnação compulsória.
Quando escolhemos alguma prova,
temos consciência da luta que vai nos aguardar, mas não sabemos todos os
acontecimentos, até porque alguns acontecimentos são consequências de nossas
escolhas. “Se o Espírito quis nascer entre criminosos, por exemplo, sabia dos
riscos a que se exporia, mas não tinha conhecimento dos atos que viria a
praticar; esses atos são efeito de sua vontade ou de seu livre-arbítrio.”
Quando encarnamos, reencontramos
amigos e também aqueles com quem não temos afinidades. Isso faz parte do nosso
planejamento e é primordial para nosso aperfeiçoamento. Em muitos casos, esses
encontros ocorrem dentro de casa, com pessoas da nossa família, com quem
convivemos diariamente.
Nós, espíritas, temos que ter em
mente que possivelmente a escolha foi nossa e que a maioria das pessoas que
passam pelas nossas vidas nos permitem aprender algo. Quando encarnados,
estamos sempre em provação, sempre sujeitos às coisas mundanas, por isso temos
que orar e vigiar a todo o momento. É isso o que a nossa mentora nos pede, que
façamos a diferença, principalmente os jovens. Podemos ir ao mundo sem
pertencer a ele.
1. KARDEC, Allan. Livro dos
Espíritos, questão 259.