Uma vez já elucidados os elementos principais para a ocorrência das materializações, precisamos compreender como estes elementos se combinam.
O espírito São Luis nos explica que o fluido próprio do médium – o ectoplasma – se combina com o fluido universal que o Espírito acumula[1], para que possam ocorrer as materializações. Outros fenômenos de efeitos físicos, como por exemplo, as mesas girantes – que foram o ponto de partida do Espiritismo – e fenômenos de transporte, obedecem ao mesmo princípio de combinação de fluidos, diferindo-se apenas na quantidade de ectoplasma necessária. No primeiro caso, é necessário abundante desprendimento de ectoplasma, enquanto nos seguintes, a quantidade necessária é bem menor.
Atualmente, reuniões de materialização são mais escassas. Devido ao grande dispêndio de energia ocorrido durante essas reuniões, Emmanuel nos ensina que somente esforço assistencial aos doentes justifica o desdobramento intensivo dos espíritos para atuarem neste setor[2]. Em sua maioria, os tratamentos com materializações são indicados para pacientes como câncer ou que já foram desenganados pela medicina dos homens.
Vale destacar que o tratamento espiritual não é substituto ao tratamento médico convencional, e sim um tratamento complementar. Ambos devem ser seguidos com seriedade.
As materializações são mais uma prova da complexidade da doutrina espírita e da importância da valorização da ciência como conteúdo indispensável para a compreensão da doutrina. Ambas devem caminhar lado a lado e completar-se.
[1] Livro dos Médiuns, capítulo IV, item 74.
[2] A mensagem completa de Emmanuel pode ser vista no livro “Materializações Luminosas” de Rafael Ranieri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário