“Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?”
- Paulo. (I Coríntios, 5:6).
“O fermento é uma
substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento
espiritual com que influenciamos as existências alheias. Ninguém vive só. Temos
conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras
pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente. Os raios de nossa
influência entrosam-se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou
indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.”[1]
O trecho acima evidencia a influência das nossas palavras e
pensamentos sobre os que estão à nossa volta e vice-versa,
estejam eles encarnados ou desencarnados. Mas para além de pensamentos e palavras,
é necessário considerarmos que essa influência também se exerce através de
modos, costumes e atitudes.
Em relação ao pensamento, sabemos que este é o modo pelo qual os Espíritos
se comunicam e transmitem suas inspirações (boas ou más). O nosso pensamento
gera energia e a sua intensidade varia de acordo com nossa concentração.
Como o pensamento, as palavras têm poder construtivo ou destrutivo, de
acordo com o sentido que lhes damos. Sendo elas, as palavras, a exteriorização do
pensamento, também atuam à distância. Daí advém a nossa responsabilidade no uso
dessa grande ferramenta. Devemos atentar para a importância de saber ouvir e não
fortalecer o mal, evitando evidenciá-lo nas conversas.
Segundo o Livro dos Espíritos, os costumes influenciam bastante a nossa
aparência física e moral. Se nossos costumes forem saudáveis emanaremos saúde, harmonia
e bem-estar. Já se tivermos costumes degradantes, a nossa psicosfera individual
irá emitir desequilíbrio. E os nossos modos, que de certa forma estão interligados
aos nossos costumes, representam fator decisivo para a construção do nosso
próprio ambiente espiritual, que irá emanar para as pessoas o bem ou o mal que
cultivamos.
Vale destacar que, para seguirmos o bom caminho, não precisamos adotar
uma postura solene e grave, já que a alegria santificada, ou seja, a alegria
que não agride os bons modos e costumes, tem a sua importância na construção do
Reino de Deus, dentro de nós e também ao nosso redor.
Por fim, atitude é definida como uma norma de procedimento que determina o nosso
comportamento. Particularmente, a atitude de quem busca se melhorar deve ser
orientada à pratica da autocrítica, isto é, o exercício de recorrer à consciência, a fim de indagar-se constantemente: Fiz o melhor que podia?Pratiquei todo bem ao meu alcance?
Os quatro elementos destacados estabelecem uma íntima relação. Os nossos pensamentos – verdadeiro fermento
espiritual – determinam nossas atitudes, gerando os nossos hábitos e produzindo
nossas palavras.
[1]Trecho
do texto Fermento Espiritual. Livro: Fonte Viva. Autor: Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.