30 de agosto de 2016

O Fermento Espiritual



“Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?”
- Paulo. (I Coríntios, 5:6).

“O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias. Ninguém vive só. Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente. Os raios de nossa influência entrosam-se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.”[1]

O trecho acima evidencia a influência das nossas palavras e pensamentos sobre os que estão à nossa volta e vice-versa, estejam eles encarnados ou desencarnados. Mas para além de pensamentos e palavras, é necessário considerarmos que essa influência também se exerce através de modos, costumes e atitudes.

Em relação ao pensamento, sabemos que este é o modo pelo qual os Espíritos se comunicam e transmitem suas inspirações (boas ou más). O nosso pensamento gera energia e a sua intensidade varia de acordo com nossa concentração.

Como o pensamento, as palavras têm poder construtivo ou destrutivo, de acordo com o sentido que lhes damos. Sendo elas, as palavras, a exteriorização do pensamento, também atuam à distância. Daí advém a nossa responsabilidade no uso dessa grande ferramenta. Devemos atentar para a importância de saber ouvir e não fortalecer o mal, evitando evidenciá-lo nas conversas.

Segundo o Livro dos Espíritos, os costumes influenciam bastante a nossa aparência física e moral. Se nossos costumes forem saudáveis emanaremos saúde, harmonia e bem-estar. Já se tivermos costumes degradantes, a nossa psicosfera individual irá emitir desequilíbrio. E os nossos modos, que de certa forma estão interligados aos nossos costumes, representam fator decisivo para a construção do nosso próprio ambiente espiritual, que irá emanar para as pessoas o bem ou o mal que cultivamos.

Vale destacar que, para seguirmos o bom caminho, não precisamos adotar uma postura solene e grave, já que a alegria santificada, ou seja, a alegria que não agride os bons modos e costumes, tem a sua importância na construção do Reino de Deus, dentro de nós e também ao nosso redor.

Por fim, atitude é definida como uma norma de procedimento que determina o nosso comportamento. Particularmente, a atitude de quem busca se melhorar deve ser orientada à pratica da autocrítica, isto é, o exercício de recorrer à consciência, a fim de indagar-se constantemente:  Fiz o melhor que podia?Pratiquei  todo bem ao meu alcance? 

Os quatro elementos destacados estabelecem uma íntima relação.  Os nossos pensamentos – verdadeiro fermento espiritual – determinam nossas atitudes, gerando os nossos hábitos e produzindo nossas palavras.
  


[1]Trecho do texto Fermento Espiritual. Livro: Fonte Viva. Autor: Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



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