20 de abril de 2011

Um novo pensamento sobre a Páscoa e o Espiritismo

O que a Páscoa tem a ver com o Espiritismo? Muitos afirmam que nada; que essa seria uma festa celebrada por algumas religiões cristãs, com base em crenças por nós negadas. Mas seria mesmo só isso? Que tal refletirmos um pouco mais sobre o assunto?

A Páscoa é uma das mais antigas festas celebradas pelo homem. Seu significado vai muito além da “ressurreição” de Jesus, pregado pelo Cristianismo, na cultura ocidental. Páscoa é passagem; é renovação. Os povos antigos do hemisfério norte, nas proximidades do Mar Mediterrâneo, há muitos séculos, já comemoravam a passagem do inverno para a primavera. A festividade ocorria sempre no primeiro domingo, após a primeira lua cheia do equinócio – estrutura mantida até os dias de hoje. Para esses povos, a chegada da primavera significava um recomeço e maiores condições de sobrevivência, por ser um período favorável ao plantio, sucedendo o difícil período do inverno, sempre marcado por um alto número de desencarnes.

Para os judeus, a data também possui um significado muito importante, pois marca o êxodo de seu povo do Egito, por volta de 1.250 a.C., após um longo período de escravidão. Sua passagem ficou marcada, principalmente, pela travessia do povo hebreu pelo Mar Vermelho, com a ajuda de Moisés, que abriu um caminho para que eles pudessem atravessar de uma margem a outra.

Para os cristãos, a Páscoa é a celebração da passagem de Jesus do mundo dos mortos para o dos vivos, por acreditarem na ressurreição de seu corpo. O Espiritismo, embora seja uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns ensinamentos professados pelo Cristianismo. Porém, mesmo não acreditando na ressurreição de Jesus, da forma como se encontra nas escrituras, não teria o Espiritismo motivos para comemorar a Páscoa? Como vimos, esta é uma festa que simboliza uma passagem, uma renovação.

Certamente, não foi por acaso que todos esses fatos históricos ocorreram nesse mesmo período. Assim como o acaso também não existe na data de lançamento de O Livro dos Espíritos, marco inicial da Doutrina Espírita. O dia 18 de abril de 1857, não só fez parte da semana santa daquele ano, como caiu, precisamente, no sábado de aleluia [i]. O que seria isso, senão a nossa Páscoa, a nossa passagem, a nossa renovação? Além disso, há a importância de reconhecermos um único período no calendário lunar congregando não só a primeira e a segunda, como também a terceira revelação. Talvez, seja chegada a hora de nós, espíritas, olharmos com mais atenção para essa data tão especial não só para uma religião ou cultura, e sim para toda a humanidade.

Como se não bastasse tudo isso, Francisco Cândido Xavier, um dos maiores nomes da Doutrina Espírita no Brasil, também nasceu num sábado de aleluia, em 02 de abril de 1910. Podemos ainda não ser capazes de entender efetivamente o poder lunar desta época do ano, mas a espiritualidade que nos governa e nos ampara, com certeza, conhece muito bem os motivos de tantos fatos extraordinários estarem relacionados a este período.



16 de abril de 2011

A história de um Samurai

No Japão Imperial havia um Samurai, preferido pelo rei, que era sempre destacado para as missões mais difíceis. Ele possuía uma armadura, por ele próprio confeccionada e que aliada às suas habilidades com a espada tornava-o praticamente invencível. Sua armadura era considerada impenetrável, pois nunca fora sequer ferido em combate.
E qual seria o segredo desse Samurai?
Simples. Ninguém nunca havia visto a armadura fora do corpo dele, ou mesmo ela sendo vestida. E ele nunca permitiu alguém conhecer suas brechas e pontos vulneráveis.
Assim também ocorre com o encarnado mediante o ataque das trevas. Partindo da premissa que quando reencarnamos deixamos no plano espiritual amigos e na mesma proporção inimigos. Aqueles espíritos que conhecem as fraquezas d’alma de um encarnado - seus defeitos e vícios - conseguem atingir esse encarnado.
Nesse ínterim o Mestre Jesus recomenda-nos a oração, capaz de elevar o padrão vibratório e atrair os bons espíritos e a vigilância de nossos atos, palavras e pensamentos.
Ressalvamos que, apesar do nosso personagem de certa forma isolar-se, tal exemplo não deve ser seguido[i]. A respeito disso temos o exemplo do Jesus Cristo que reuniu doze apóstolos para divulgar o evangelho e afiançou que estaria presente sempre que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome.
É, portanto, o aprimoramento íntimo, a armadura que é erguida e que simultaneamente serve de exemplo capaz de remover os mais pertinazes intentos.

11 de abril de 2011

Cativando Sempre

Há algumas décadas, já nos escrevia Antoine Saint Exupèry em sua célebre obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

A Caravana do Amor, acreditando nisto, faz questão de encantar, apaixonar, todas as pessoas que com ela têm algum contato (seja através das visitas no lar ou a outros Grupos Espíritas e eventos; seja no atendimento do pronto-socorro espiritual, onde espíritos aflitos, angustiados, vêm buscar amparo; ou em qualquer outra situação).

Nesses contatos, cada um dos colaboradores na seara de Jesus que se encontram trabalhando neste Grupo, busca ser o melhor instrumento possível, visando transmitir mensagens consoladoras, que possibilitem a recuperação de eventual enfermidade espiritual ou material.

Entretanto, como nem o próprio Jesus fora compreendido por todos os seus contemporâneos (o que de certo acontece até os dias atuais), não seria diferente com a Caravana. Muitos de nossos propósitos não são entendidos; as normas, imprescindíveis ao bom funcionamento dos trabalhos, são tidas como desnecessárias; os pedidos de ajuda são considerados excessos.

Esses irmãos, que ainda não conseguem alcançar os objetivos de nossa Casa, vão ficando para trás. Muitos deles acreditam e dizem ter melhorado depois de abrir mão da verdade que nos foi trazida há mais de dois mil anos. Parece-nos impossível. Mas, a Caravana segue com a certeza de que plantou a semente do bem e da caridade também nesses corações (e, por tê-los cativado, ao menos por um único dia, também por eles é responsável, e o reencontro será inevitável – senão neste plano, no espiritual).

É, queridos amigos, em virtude de tantas adversidades, o trabalho é árduo, mas não somos nós que vamos desistir! A bandeira do amor, levantada por nosso querido irmão e mestre Jesus, deve permanecer sendo sustentada. E permanecerá!!! Ele continua esperando por todos nós, pelo nosso empenho, nossa dedicação e, para se tornar um “caravaneiro” não é necessária a perfeição, destinada tão-somente aos espíritos celestes, basta simplesmente acreditar em Suas palavras, exaustivamente repetidas pela estimada Irmã Amálya, mentora de nossa Casa: “Venha como estás ...”

É por isso que a Caravana segue cativando, e continuará sempre...


3 de abril de 2011

Peça teatral: QUANDO SE JUNTAM AS MÃOS



Essa peça foi resultado da oficina de teatro do 1º Encontro Aprendizes de Jesus que ocorreu em março de 2011.