25 de abril de 2017

Minhas dúvidas - Animais têm Espírito?


Os animais muitas das vezes estão presentes em nossa vida, e alguns são importantes para nós. Quando o nosso animal desencarna nos perguntamos: o que acontecerá com ele? Será que o Espírito dele vai ficar perto de mim? Ele pode reencarnar como outro animal e me reconhecer?

O Livro dos Espíritos, na pergunta 593,diz que algumas espécies de animais, além de agirem por instinto, possuem uma inteligência limitada, cuja função é suprir as necessidades físicas do animal e preservar a sua espécie, ou seja, exclusivamente material. Com essa informação, surge um novo questionamento: já que o ser humano possui um princípio independente da matéria e conserva individualidade após o desencarne,será que com o animal acontece o mesmo? E a questão 598 do Livro dos Espíritos responde a essa pergunta dizendo que, apesar da individualidade do animal ser conservada, a consciência de si mesmo não o é. Ou seja, o animal pode se manter como um indivíduo separado dos demais, no entanto, ele não tem consciência de que é um indivíduo. Assim sendo, após o seu desencarne,o princípio espiritual do animal - sua “alma” - vai para uma espécie de erraticidade, apenas por não estar mais ligado ao corpo,e retorna à matéria quase que instantaneamente.

Porém, temos que ter o maior cuidado possível ao compararmos a alma do animal à alma do homem, pois segundo os Espíritos,“ a distância que há entre a alma do animal e a alma do homem é a mesma que existe entre a alma do homem e a alma de Deus.” (L.E. pergunta 597a) Tudo se origina de um princípio comum, que é o fluido cósmico universal, ele dá origem à alma do homem e ao princípio espiritual do animal. No entanto, a alma humana possui inteligência e livre-arbítrio, e, assim, consciência de si mesma e de seus atos, ao passo que a “alma” dos animais não.

É importante saber que os animais não possuem livre-arbítrio. Nesse sentido, são incapazes de cumprir expiações. A despeito disso, os animais também evoluem, no entanto, sua evolução ocorre pela força das coisas e não pelos seus atos. Assim, quanto mais evoluída for a humanidade, mais evoluídos serão os animais que interagem com ela. 

Com todos esses fatos apresentados, muitos irão se perguntar: não seria Deus injusto ao colocar na natureza um ser inferior ao outro? E o Livro dos Espíritos, na questão 604, vem nos dizer que não, pois tudo na natureza está entrelaçado de um modo que não podemos ainda compreender. Ainda é dito mais: “Sabei bem que Deus não pode se contradizer e que tudo, na Natureza, se harmoniza por leis gerais que não se afastam jamais da sublime sabedoria do Criador."



18 de abril de 2017

11 de abril de 2017

1º Encontro Musical


A música é muito mais do que uma simples combinação de sons. Como nos lembrou Santo Agostinho: "Quem canta, ora duas vezes." A partir dessa perspectiva, a música significa a oportunidade de nos conectarmos à harmonia divina e de nos reunirmos para elevar as vozes em favor do bem, espalhando a mensagem de Jesus! Vamos juntos?


4 de abril de 2017

7º Encontro Aprendizes de Jesus


Como todo ano, no período de Carnaval, é realizado em nossa Casa o Encontro Aprendizes de Jesus. Desta vez, o tema do nosso encontro foi TRABALHO – Muitos os chamados, poucos os escolhidos.

Ao longo das atividades de estudo e recreação com grupos para todas as idades, tivemos a possibilidade de refletir o tema sobre diversos aspectos. Em primeiro lugar, ficou claro para nós a necessidade de aprofundarmos cada dia mais o estudo, desenvolvendo a nossa capacidade intelectual, ampliando nossos conhecimentos a fim de nos adaptarmos às situações em que o trabalho for exigido. Em seguida, pudemos relembrar a importância de desenvolver um trabalho em equipe para que alcancemos, com próprio suor, os objetivos planejados.

Moralmente nos deparamos com o desafio de ter que optar: porta larga ou porta estreita? Muitas vezes nos afastamos da possibilidade do trabalho, escolhendo caminhos mais curtos, a porta larga que nos parece dar imediato conforto e resultados. No estudo de casos relatados no livro Os Mensageiros[1] acompanhamos a história de Espíritos imperfeitos que tiveram cuidadosa preparação para o reencarne, incluindo o apoio de Espíritos de elevada hierarquia para que na Terra desempenhassem o trabalho mediúnico, através de variadas faculdades, entre elas a vidência, audição e a psicografia. Ainda no plano espiritual, assumiram sérios compromissos. A tarefa não seria fácil. Apesar da saúde do corpo físico e da dedicação de seus amigos espirituais, deixaram-se levar pelos vícios, o orgulho e a vaidade, fracassando.   

Ora, se todos nós ainda carregamos os defeitos descritos na literatura espírita, será que estaríamos desempenhando o nosso trabalho na Casa como deveríamos? A partir daí, voltamos a análise para nós mesmos! Será que estamos fazendo a vontade do Pai? Fomos chamados ao trabalho, como na parábola do Festim de Bodas. Imperfeitos que somos, levamos nossos vícios e virtudes. Depois de estarmos em serviço, o que fizemos deles? Será que esperamos recompensa maior do que o esforço empregado no trabalho[2]? A oportunidade para o trabalho surge para todos e, infelizmente, muitas das vezes nós a desperdiçamos.  O Pai em sua infinita misericórdia está sempre nos dando oportunidade do recomeço. Lembremos: a quem muito foi dado, será pedido.[3]

Durante o período de festejos de Carvanal, houve na Casa o trabalho de amparo espiritual aos sofredores. A nossa Mentora, Irmã Amálya, nos trouxe a bela notícia de que foram amparados 1774 Espíritos desencarnados.






[1] Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz, capítulos VII, VIII, XI e XII
[2] KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. Os trabalhadores da Última Hora, capítulo  XX.
[3] KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo.  Muitos os chamados, poucos os escolhidos, capítulo XVIII