19 de fevereiro de 2019

Comece pelo começo

A campanha "Comece pelo Começo" foi lançada, em 1972, na Capital paulista, pelo Conselho Metropolitano Espírita, hoje, USE - União das Sociedades Espíritas do estado de São Paulo, com o objetivo de popularizar as Obras da Codificação Espírita, legadas por Allan Kardec, pseudônimo do eminente pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Quer conhecer mais a campanha, acesse o nosso site: 

http://www.ceerj.org.br/portal/slideshow-grande/274-pelocomeco2019



12 de fevereiro de 2019

Mediunidade de Audiência


As primeiras comunicações com os Espíritos ocorreram de maneiras distintas, como por meio de batidas em paredes, mesas girantes, cestas com lápis, por exemplo, também chamadas de manifestações físicas. Com o tempo, a experiência e o estudo mediúnico propiciaram o conhecimento de outras formas de mediar a comunicação, tornando-a mais rápida e eficaz através das manifestações inteligentes, quais sejam exemplos a psicografia, a psicofonia e a audiência. A esta última daremos maior atenção neste texto.

Classificada como mediunidade de efeitos intelectuais, a audiência é a faculdade de ouvir os Espíritos. Os médiuns audientes possuem essa aptidão, que se apresenta de forma interna, como uma mensagem recebida mentalmente por uma espécie de voz interior; ou de forma externa, como se comunicam os encarnados, de maneira direta e clara. Os ouvidos materiais são para a audição apenas aparelhos complementares, tal como o ampliador de som é para os ouvidos, como André Luiz exemplifica no livro Nos Domínios da Mediunidade. 

Toda percepção é mental. Assim, é importante enfatizar que ruídos ou sons que podem ser escutados por todos que estão em um ambiente, até mesmo os que não são audientes, não podem ser considerados como manifestações de audiência, e sim devem ser  relacionados aos médiuns de efeito físico, que possuem outras aptidões, pelas quais o fenômeno se torna perceptível ao mundo material.

O mundo espiritual é composto por Espíritos dos mais diversos graus de evolução que se comunicam através das mensagens diretas audíveis que podem ser edificantes ou não. O médium deve sempre estar vigilante quanto aos seus pensamentos e energias, pois eles compõem sua carga vibratória, que o aproximará de comunicantes afins. Assim, quanto mais elevados forem seus pensamentos e suas vibrações positivas, mais os Espíritos de luz terão facilidade de aproximação e comunicação, possibilitando ao médium a oportunidade de ser um bom aparelho.

Bibliografia:
Livro dos Médiuns: Capítulo XIV – Dos médiuns, item 3.
Livro dos espíritos: Capítulo V – Introdução ao estudo da doutrina espírita.
Nos domínios da mediunidade: Capítulo XII
No Invisível: Capítulo V – Educação e função dos médiuns.

5 de fevereiro de 2019

O Espiritismo como Filosofia



A Doutrina Espírita está em constante evolução, e com o passar do tempo agrega cada vez mais conhecimento, tendo em vista que, se a sociedade evolui, a doutrina deve evoluir também. Para facilitar o seu estudo, o Espiritismo pode ser analisado sob  três óticas diferentes: como forma de ciência, religião e filosofia. O pilar científico estuda os fenômenos mediúnicos por meio de métodos experimentais, enquanto  o religioso baseia-se no Evangelho e na moral cristã, apresentando o caminho para a reforma íntima individual.
Para entendermos o pilar filosófico da Doutrina Espírita, é necessário primeiro refletir sobre o que é filosofia. Etimologicamente, "filosofia" nada mais é do que a junção das palavras gregas philos e sophia, que significam juntas “amor à sabedoria”. Portanto, um filósofo é amante da sabedoria, do conhecimento, e por meio de argumentação racional busca estudar, por exemplo, questões relacionadas à natureza humana, aos valores morais e éticos e ao Universo como um todo.
Allan Kardec, pedagogo e grande educador da sua época, é considerado o codificador do Espiritismo pois ele compilou as informações dadas pelo Espírito de Verdade nas cinco obras básicas da doutrina, chamadas de Pentateuco. Lançado em 1857, "O Livro dos Espíritos" pode ser considerado uma obra de cunho filosófico, pois nele o Espírito de Verdade, por meio da argumentação racional, fornece respostas aos diversos questionamentos de Allan Kardec sobre Deus, os elementos gerais do Universo, o mundo dos espíritos e as leis morais. Ao ler este livro, somos introduzidos à Doutrina Espírita e a uma forma de viver, que acredita na liberdade com responsabilidade.
Assim, podemos ver que o Espiritismo traz novas soluções racionais a questionamentos que interessam à Humanidade há muito tempo, diminuindo as incertezas e, assim, dando calma e consolo ao homem. Logo, como afirma Santo Agostinho no  capítulo IV da Conclusão de "O Livro dos Espíritos", a força do Espiritismo está em sua filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom senso.