25 de maio de 2011

Palestra: Cirurgias Espirituais


Nesse sábado, dia 28 de maio, teremos mais uma palestra em nossa casa, sob o tema Cirurgias Espirituais, com os palestrantes Carine Marie Vasconcellos e Walmick Bezerra de Menezes, às 17:30h.  A entrada é franca. 


Não percam!


5 de maio de 2011

Bullying e Espiritismo

Bullying é o gerúndio de um verbo que na língua inglesa significa perseguir, tiranizar, amedrontar. Este não é um ato novo. Muitos dos idosos e adultos de hoje foram vítimas de bullying sem nunca ter ouvido falar nesse termo. Uma atitude inicialmente encarada como uma brincadeira normal entre crianças, que, por não encontrar limites, cresceu, ganhou requintes de crueldade e se tornou altamente prejudicial na formação do caráter de nossos jovens.

E por que será que só agora esse assunto tem sido tão discutido? Estaria nossa sociedade evoluindo e percebendo o quanto o comportamento de nossas crianças e jovens, dentro e fora das escolas, influencia os homens e mulheres que serão no futuro?

Talvez sim, mas, certamente, foram necessárias décadas de um comportamento incoerente dentro das instituições sociais, e o crescente número de adultos problemáticos, para que a sociedade começasse a olhar com mais cuidado para os períodos mais importantes de nossas vidas: a infância e a puberdade. É nessas fases que nosso caráter – numa conjunção entre a bagagem que trazemos de outras vidas e as experiências que vivenciamos antes de alcançarmos a maturidade – sofre maior influência do meio social em que vive.

Os primeiros contatos que possuímos com as estruturas que denominamos sociedade são: a família e a escola. A família é a principal responsável pela educação moral de seus pequenos membros, conduzindo-os ao caminho que julga ser o mais correto e adequado. A escola, por outro lado, deveria servir ao estímulo do saber, fomentando o crescimento intelectual de seus alunos, porém, o que vemos nem sempre é isso. As crianças respondem com autoritarismo, falam palavrão e a maioria dos pais acha engraçado que elas tenham uma atitude adulta. Eles não percebem o quão prejudicial pode ser esse comportamento no futuro e nada fazem para corrigi-lo. Essas mesmas crianças chegarão à escola e se sentirão superiores, capazes de tudo, sem se importar com possíveis consequências. Tudo isso gera em nossos jovens uma sensação cada vez maior de impunidade, conduzindo-os com mais facilidade a escolherem a porta larga.

Lembremos a pergunta 754 de O Livro dos Espíritos: “A crueldade não derivará da carência de senso moral? Dize – da falta de desenvolvimento do senso moral; não digas da carência, porquanto o senso moral existe, como princípio, em todos os homens. É esse senso moral que dos seres cruéis fará mais tarde seres bons e humanos. Ele, pois, existe no selvagem, mas como o princípio do perfume no gérmen da flor que ainda não desabrochou.

Se o senso moral existe em todos nós, o papel não só da evangelização – seja ela Espírita ou de outra religião – como, principalmente, o de pais e familiares, deve ser o de tentar reverter esse quadro, contribuindo para a formação de um adulto com uma visão diferente e mais ampla da vida, na qual o respeito e o amor são colocados acima de qualquer atitude mesquinha ou violenta.

Sabe-se ainda que: “Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação.” (ESE, Cap. XIV, item 08).

Logo, a responsabilidade que nos é confiada, através de um reencarne em nosso seio familiar, é muito grande, assim como a oportunidade de resgatarmos débitos do passado, reencaminhando e plantando sementes nos corações de espíritos que mais tarde nos serão gratos por todo carinho e dedicação.

Certamente, não há nada melhor na vida do que ver um filho crescer e se tornar uma pessoa de bem e com caráter ilibado.