26 de agosto de 2011

21 de agosto de 2011

O nitrogênio e a nossa evolução


O nitrogênio é um elemento químico essencial para a sobrevivência dos seres vivos em nosso planeta, porém, por mais que vivamos imersos nessa substância – o ar que respiramos é composto por 78% de nitrogênio –, somos incapazes de absorvê-lo através de nossas vias respiratórias. “Por enquanto, não permite o Senhor a criação de células nos organismos viventes do nosso mundo, que procedam à absorção espontânea desse elemento de importância primordial na manutenção das vidas como acontece ao oxigênio comum.” (Os Mensageiros, Cap. 42, p. 103). Além disso, alguns de seus compostos podem constituir sério risco à saúde do homem, dependendo do estágio de oxidação em que se encontram, como por exemplo: nitrogênio amoniacal, nitrogênio albuminoide, nitrito e nitrato.

“Somente as plantas, infatigáveis operárias do orbe, conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas, cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos. [...] Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria transformada no paraíso verdadeiramente espiritual. Mas, se muito nos dá o Senhor, é razoável que exija a colaboração do nosso esforço na construção da nossa própria felicidade.” (Idem).

Como nos relata André Luiz, no trecho do livro Os Mensageiros, citado acima, as plantas são nossa principal fonte de nitrogênio, através de um processo de simbiose com algumas bactérias do solo, chamadas de rizóbios. Essas bactérias absorvem o nitrogênio diretamente do ar e fornecem parte dele às plantas, que, por sua vez, o transforma em compostos, gerando as proteínas e os ácidos nucleicos tão importantes para a saúde dos animais.

Ao analisarmos a natureza com seu ciclo perfeito, o comportamento rude dos homens, e os ensinamentos dos espíritos, percebemos o quanto ainda temos de evoluir. Segundo André Luiz, muitas das disputas travadas pelos homens são, mesmo que imperceptivelmente, pela busca do nitrogênio, transformada em “movimento de paixões desvairadas, ferindo e sendo ferido, ofendendo e sendo ofendido, escravizando e tomando-se cativo, segregado em densas trevas!” (Idem). Se a nossa sobrevivência depende dele, nosso corpo clama por ele, mas ainda não somos capazes de entender verdadeiramente que a melhor forma de obtê-lo é através do amor incondicional ao próximo. Para isso, é preciso deixar de lado o apego à matéria e nos elevar espiritualmente.

O dia em que os homens aprenderem a amar não mais existirá guerras, ganância, inveja, vaidade; graças à providência Divina, serão capazes de sorver a quantidade de nitrogênio necessária à manutenção de sua saúde, e as doenças figurarão apenas nas lendas e histórias contadas por seus ancestrais.