A Doutrina Espírita está em constante evolução, e com o passar do tempo agrega cada vez mais conhecimento, tendo em vista que, se a sociedade evolui, a doutrina deve evoluir também. Para facilitar o seu estudo, o Espiritismo pode ser analisado sob três óticas diferentes: como forma de ciência, religião e filosofia. O pilar científico estuda os fenômenos mediúnicos por meio de métodos experimentais, enquanto o religioso baseia-se no Evangelho e na moral cristã, apresentando o caminho para a reforma íntima individual.
Para entendermos o pilar filosófico da
Doutrina Espírita, é necessário primeiro refletir sobre o que é filosofia. Etimologicamente, "filosofia" nada mais é do que a junção das palavras
gregas philos e sophia, que significam juntas “amor à sabedoria”. Portanto, um
filósofo é amante da sabedoria, do conhecimento,
e por meio de argumentação racional busca estudar, por exemplo, questões
relacionadas à natureza humana, aos valores morais e éticos e ao Universo como
um todo.
Allan Kardec, pedagogo e grande
educador da sua época, é considerado o codificador do Espiritismo pois ele
compilou as informações dadas pelo Espírito de Verdade nas cinco obras básicas
da doutrina, chamadas de Pentateuco. Lançado em 1857, "O Livro dos
Espíritos" pode ser considerado uma obra de cunho filosófico, pois nele o Espírito
de Verdade, por meio da argumentação racional, fornece respostas aos diversos
questionamentos de Allan Kardec sobre
Deus, os elementos gerais do Universo, o mundo dos espíritos e as leis morais.
Ao ler este livro, somos introduzidos à Doutrina Espírita e a uma forma de
viver, que acredita na liberdade com responsabilidade.
Assim, podemos ver que o Espiritismo
traz novas soluções racionais a questionamentos que interessam à Humanidade há
muito tempo, diminuindo as incertezas e, assim, dando calma e consolo ao homem.
Logo, como afirma Santo Agostinho no capítulo IV da Conclusão de "O Livro dos
Espíritos", a força do Espiritismo está em sua filosofia, no apelo que faz
à razão e ao bom senso.
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