Ao trazer até nós a frase título deste texto, Irmã Amálya, nossa querida
mentora, nos recorda do capítulo 10 do Evangelho Segundo o Espiritismo,
“Bem-aventurados os que são misericordiosos”, no qual Allan Kardec e os Espíritos
chamam nossa atenção para os quesitos da caridade - benevolência, indulgência e
perdão[1] -, e para a prática dessas virtudes durante
a convivência com nossos companheiros de
jornada.
Somos Espíritos imortais, em constante evolução, mas isso não significa
que sejamos perfeitos. Portanto, ao longo de nossas existências, acertamos, mas
também cometemos erros. Devido à lei de causa e efeito, uma hora ou outra,
esses erros precisarão ser reparados. É por isso, que temos o dever de nos
reconciliarmos para com nossos adversários, ao longo deste caminho rumo à
felicidade.
Um adversário não precisa,
necessariamente, ser um inimigo. Pode ser simplesmente alguém que pensa ou age
diferente do que julgamos e acreditamos ser o correto. Em algumas situações,
somos nossos próprios oponentes: muitas vezes não nos ouvimos, deixamos de
exercer o verdadeiro amor próprio, agindo por capricho e vaidade. Como consequência, aos poucos desviamos das virtudes
morais por perdermos a capacidade de reconhecer nossas más condutas para , então, superá-las.
Assim sendo, devemos buscar a reconciliação
com nossos adversários o mais depressa possível para não nos prendermos nas
grades da culpa, do orgulho, do egoísmo, da arrogância e da ignorância. Reconciliemo-nos
através do amor, fazendo valer a oportunidade que temos de viver em harmonia,
de remover e ajudar o outro a retirar as pedras do caminho por meio da grande chance
da reencarnação, seguindo num caminho repleto de amizade, luz e paz.
[1] O
Livro dos Espíritos, questão 886.
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