15 de setembro de 2020

Reconciliai-vos enquanto estás a caminho

Ao trazer até nós a frase título deste texto, Irmã Amálya, nossa querida mentora, nos recorda do capítulo 10 do Evangelho Segundo o Espiritismo, “Bem-aventurados os que são misericordiosos”, no qual Allan Kardec e os Espíritos chamam nossa atenção para os quesitos da caridade - benevolência, indulgência e perdão[1] -, e para a prática dessas virtudes durante a  convivência com nossos companheiros de jornada.

Somos Espíritos imortais, em constante evolução, mas isso não significa que sejamos perfeitos. Portanto, ao longo de nossas existências, acertamos, mas também cometemos erros. Devido à lei de causa e efeito, uma hora ou outra, esses erros precisarão ser reparados. É por isso, que temos o dever de nos reconciliarmos para com nossos adversários, ao longo deste caminho rumo à felicidade.

Um adversário não precisa, necessariamente, ser um inimigo. Pode ser simplesmente alguém que pensa ou age diferente do que julgamos e acreditamos ser o correto. Em algumas situações, somos nossos próprios oponentes: muitas vezes não nos ouvimos, deixamos de exercer o verdadeiro amor próprio, agindo por capricho e vaidade. Como consequência, aos poucos desviamos das virtudes morais por perdermos a capacidade de reconhecer nossas más condutas para , então, superá-las.

Assim sendo, devemos buscar a reconciliação com nossos adversários o mais depressa possível para não nos prendermos nas grades da culpa, do orgulho, do egoísmo, da arrogância e da ignorância. Reconciliemo-nos através do amor, fazendo valer a oportunidade que temos de viver em harmonia, de remover e ajudar o outro a retirar as pedras do caminho por meio da grande chance da reencarnação, seguindo num caminho repleto de amizade, luz e paz.

 


[1] O Livro dos Espíritos, questão 886.

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