24 de abril de 2018

Morte – Perturbação Espiritual




Após deixar o corpo, o Espírito fica perturbado por um período, que será maior ou menor, de acordo com o seu grau de evolução.  No livro Depois da morte, Léon Denis diz que “as sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependentes, sobretudo, do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que abandona a Terra”.  Levando em consideração estes ensinamentos, entendemos o que gera, ameniza ou agrava esse período.

Se, em vida, a pessoa se preocupa com sua evolução moral e seu desenvolvimento espiritual, praticando o desprendimento das coisas materiais, o processo do desencarne torna-se mais fácil.  Ademais, se tiver adquirido conhecimento acerca do plano espiritual, do amparo a ser recebido, da programação e do preparo para a nova reencarnação, maior facilidade terá para reconhecer seu novo estado.

O sofrimento espiritual que se segue à morte do corpo físico está ligado ao maior ou menor desprendimento do Espírito ao plano material.  O fator mais relevante na determinação do tempo de perturbação do Espírito é o seu grau de pureza.  Como diz Kardec em O livro dos Espíritos, “a perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem;  é calma e em tudo de semelhante à que acompanha um despertar tranquilo”.

Outro ponto importante a ser considerado é a forma como se deu o desencarne.  A morte violenta, por exemplo, surpreende o Espírito e dificulta a compreensão do que está acontecendo.  Neste caso, o desequilíbrio tende a durar mais, sobretudo para aquele que, em vida, não se preocupou com sua evolução espiritual.

Aqueles que são muito ligados à matéria, mesmo após a morte de seu corpo, podem sentir as sensações de quando estavam encarnados.  Há os que chegam, inclusive, a sentir a decomposição da matéria.

Cabe observar que sempre haverá amparo da espiritualidade durante o momento de transição.  Esta assistência variará de acordo com o merecimento do desencarnado, o que faz com que a busca diária pela melhoria de nossos próprios defeitos seja de extrema importância.

Com o conhecimento que o espírita possui sobre a vida após a morte, fica a seu critério escolher se deseja ser amparado para seguir seu caminho na trajetória evolutiva ou se prefere estacionar e continuar sofrendo as dores causadas por seus erros.  A espiritualidade está sempre disposta a oferecer o cuidado necessário para a evolução de cada um, bastando que o indivíduo trabalhe a favor deste propósito.

Nunca é tarde para nos renovarmos e colocarmos em prática os ensinamentos trazidos por Jesus e disseminados a cada dia pelos irmãos espirituais que trabalham incansavelmente a nosso favor.

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