O
tema dos noticiários, redes sociais e conversas estão, quase sempre, marcados
por assuntos tristes, difíceis e até mesmo violentos. Muitos desses
acontecimentos são de larga escala, ou seja, atingem muitos indivíduos, ocasionando
número elevado de desencarnes simultâneos, como verifica-se em situações de
desastres naturais ou acidentes. Alguns desses episódios de desencarne grupal
fazem parte do que chamamos de resgate
coletivo.
Esses
eventos aparentemente incompreensíveis ocorrem naturalmente ou pela ação do
homem e têm sempre um porquê. Ainda ocorrem, pois estamos em um planeta de
Provas e Expiações, onde habitam indivíduos carregados de débitos e falhas a
resgatar. Todos vieram à Terra a fim de evoluir, e progredimos enquanto
sociedade em um processo regular e lento. Quando não seguimos o curso
pretendido, há de tempos em tempos uma espécie de sacudida, abalo, um choque
físico ou moral, com objetivo de impulsionar nossa evolução. Os flagelos destruidores, como são chamados
em “O Livro dos Espíritos”, possibilitam ao homem a oportunidade de exercitar a
paciência e resignação, demonstrando o amor ao próximo e se distanciando do
principal obstáculo à evolução, o egoísmo. Além disso, grandes catástrofes
impulsionam o desenvolvimento de áreas como a saúde, ciência, tecnologia e
promoção de novas políticas públicas.
A
provação coletiva se processa através da convocação dos Espíritos encarnados que
participaram dos mesmos débitos, e o sistema de justiça e a lei da compensação
funcionam espontaneamente para a promoção dessa legalidade. Alguns Espíritos,
ao regressarem ao plano espiritual, tomam consciência de seus atos e suplicam
por uma oportunidade de resgate e reencarnam para redenção múltipla. Nenhum
desses episódios trágicos é obrigatório, eles ocorrem por consequência de nosso
atraso moral, e ninguém é encarregado para ser sujeito promotor de nenhuma
calamidade, pois ninguém nasce para o mal.
Apesar
de compreendermos esses episódios sob um ponto de vista mais amplo, não devemos
deixar de levar em consideração que eles são resultado de um longo processo de
negligência. Por isso, não adotamos apenas explicações religiosas, reiteramos a
responsabilidade da sociedade para prevenção, a fim de que tenhamos cada vez
menos histórias de sofrimento em nosso planeta. Essa prevenção consiste não
apenas no desenvolvimento de novas técnicas para evitar os impactos dos desastres
naturais, ou na promoção de medidas que contribuam para diminuir a violência,
por exemplo. É essencial que haja na humanidade a vontade e esforço de reforma
íntima, para que juntos possamos seguir o processo evolutivo, tornando-nos uma
sociedade mais empática, saudável e atenta aos entraves para o progresso.
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, questões 740 e 783. Rio de Janeiro: FEB, 1994.
wwww.feb.net.org.br/ Livro O consolador
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