Na história, é
bastante comum a crença na existência de milagres devido a acontecimentos
inexplicáveis. Muitas pessoas descobriram ou recuperaram a fé após a realização
do que parecia impossível aos recursos materiais. Os denominados milagres de
Jesus desafiam até hoje as explicações científicas e fascinam a todos devido à
grandeza de seus atos em benefício do planeta.
Para a
Doutrina Espírita, milagres não existem, pois nada foge às leis naturais. Um
dos livros da codificação espírita, A Gênese (capítulos: III e IV) ressalta que
os fenômenos nos quais o elemento espiritual tem parte preponderante, não podem
ser explicados apenas pelas leis da matéria. Talvez, o grande desafio ainda
seja desvendar o que os “milagres” significam e o que podem ensinar sobre a
vida e a perfeição divina, que não privilegia nenhum de seus filhos.
Em virtude da
sua elevada hierarquia espiritual e da incessante cooperação das entidades
angelicais que o acompanhavam enquanto esteve na Terra, tudo o que Ele
realizava nesse sentido, embora tido por miraculoso, era apenas consequência da
aplicação inteligente das leis transcendentais.
Quando Jesus Cristo curava
alguém, dizia: “tua fé te salvou”, do que se deduz que existiram pessoas que
não foram curadas, porque não tinham fé o suficiente. Para o apóstolo Paulo,
eram dons espirituais do indivíduo. Somente Deus é sobrenatural, mas tudo que
Ele próprio criou é natural. Portanto, o “milagre”, na definição utilizada, não
existe, pois as leis de Deus são imutáveis. Jesus Cristo também nos ensinou que
tudo o que Ele fez, nós poderíamos fazer, “Vós sois deuses” (João, 10:34). “Vós
podeis fazer o que eu faço e muito mais” (João, 14:12). Isso fica bastante
claro.
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